Você provavelmente já ouviu o ditado popular “a prática leva à perfeição”, certo? Essa é uma frase comum, que se encaixa em diferentes tipos de cenários — inclusive no mundo do desenvolvimento. Afinal, se você deseja saber como aprender a desenvolver software de qualidade, precisa estar preparado para muito treinamento.
Isso porque além de todas as particularidades que envolvem este trabalho, a forma com que ele é feito também é muito importante.
Sendo assim, não basta simplesmente entregar um código ou um projeto. É preciso se debruçar sobre ele e, com muita bagagem, entregar o melhor resultado possível, o que envolve: qualidade, usabilidade, modernização, e muitos outros fatores.
E para chegar nesse patamar, é preciso treinar. Não tem outra maneira. O segredo para saber como aprender a desenvolver software está totalmente voltado para a prática.
Mas qual é, de fato, o impacto dessa estratégia? Como aprender a desenvolver software de maneira assertiva? De que forma se manter sempre atualizado? Quais são as técnicas mais comuns para essa rotina de aprendizado? A Codurance te explica tudo neste artigo. Vamos lá?
Durante a prática de como aprender a desenvolver software, os profissionais devem focar em como solucionar os desafios deste trabalho ao invés de fixar em resolver, de fato, o problema em mãos.
Ficou confuso? Explicamos melhor: resolver problemas já faz parte do dia a dia de um desenvolvedor. O que pode melhorar essa rotina é a forma com que ele faz isso. E, no momento dos treinos, é importante ter mais atenção à técnica do que aos resultados em si.
Em um exemplo prático, imagine o seguinte: quando estiver estudando TDD, você deve focar na disciplina que essa estratégia requer, e não em zerar os bugs de uma vez só, entende? Dessa forma, quando você estiver colocando essa tática em prática no seu trabalho, ela virá de forma natural, sem grandes esforços.
É muito parecido com aprender a dirigir ou a andar de bicicleta: nas primeiras vezes, você fica pensando em como se equilibrar e quais são as principais regras, e não em chegar ao destino logo. Depois, quando tudo fica mais natural, você pode colocar uma música e se dirigir despreocupadamente até onde deseja chegar.
Lembre-se: o desenvolvimento de software não envolve somente a finalização de um projeto, mas toda a jornada que o desenvolvimento envolve.
Para que a jornada do desenvolvimento de software seja a mais tranquila possível, existem alguns métodos de treinamento que auxiliam nesse aprendizado e são muito interessantes. Separamos quatro deles para você conhecer:
Katas são exercícios simples de codificação. Esse tipo de treinamento consiste em ser apresentado com um problema claro sobre o domínio, que pode ser entendido em apenas alguns minutos mas que são complicados o suficiente para não serem solucionados muito rapidamente.
Geralmente, eles podem ser resolvidos em um intervalo de alguns minutos e algumas horas.
Esses tipos de práticas apresentam uma ótima forma de conhecer e aperfeiçoar novas técnicas e abordagens, além de ajudar a desenvolver estratégias que não dominamos tanto.
Os Katas já foram alvos de críticas, mas é importante lembrar que muito mais do que apenas "realizar os mesmos movimentos repetidamente", eles também oferecem uma oportunidade de nos desafiar com o intuito de evoluir cada vez mais o nosso conhecimento e capacidade de resolução de problemas.
Além disso, é possível olhar para um mesmo exercício de diferentes perspectivas, abordando-o de maneira distinta a cada vez. Isso permite testar e comparar diversas estratégias, por exemplo.
Tenha em mente que o desenvolvimento de software não é uma ciência exata: é uma arte. E assim como os músicos precisam treinar, muitas vezes repetidamente, os desenvolvedores também.
Essa metodologia de prática e treinamento é a favorita do Sandro Mancuso, o co-fundador da Codurance e um dos pioneiros do software craftsmanship. Logo, já dá para antecipar que ela é muito eficiente, né?
De maneira simplificada, os projetos pet são projetos reais, mas que são desenvolvidos de forma mais tranquila, sem toda a pressão que normalmente vem acompanhada no dia a dia do desenvolvedor. Isso porque eles não possuem prazos e não precisam ser lucrativos.
Além disso, são os treineiros que controlam os requisitos do trabalho, assim como decidem as melhores tecnologias e metodologias para aplicar da forma que acharem melhor. E muito mais do que testar questões técnicas, os projetos pet apresentam uma ótima oportunidade de trabalhar a capacidade de resolver problemas e ser mais criativo.
Ou seja: há mais liberdade para testar, brincar e utilizar a imaginação de maneira livre e em um ambiente propício e saudável. Dessa forma, em um projeto profissional, o desenvolvedor pode utilizar sua expertise e experiência com mais facilidade.
Mais do que isso, é um processo mais simples, que não precisa passar por tantos responsáveis para ser realizado, de forma que trabalha o senso de independência do desenvolvedor.
Essa é uma prática bastante conhecida no meio do desenvolvimento de software e apresenta uma excelente forma de treinamento e crescimento profissional.
Também chamada de programação em par, essa é uma atividade mais social que busca melhorar o espírito coletivo e do time, além de aproximar os desenvolvedores de um projeto. Isso porque, como o próprio nome indica, esta técnica visa instigar essas pessoas a trabalharem em duplas.
Assim, ao invés de ficarmos presos às nossas próprias ideias ou até mesmo dificuldades, temos alguém com quem dividir os desafios de um projeto, formar insights e ainda aprender. Afinal, cada profissional tem as suas próprias formas de trabalhar e, ao atuar em par, compartilham esses talentos e particularidades.
Levando em consideração que, para o software craftsmanship, um código de qualidade deve ser limpo e deve ser capaz de ser lido e entendido por qualquer pessoa, e não somente por quem o desenvolveu, essa é uma ótima forma de chegar a esse patamar, já que desafia os profissionais a entrarem em um consenso e estruturar melhor seus pensamentos em conjunto.
O open source, também chamado de código aberto, refere-se a softwares que são acessados gratuitamente e podem ser copiados, modificados e estudados. E isso apresenta uma forma muito interessante de treinamento e prática.
Isso porque existem milhares de códigos disponíveis na internet. Sendo assim, um desenvolvedor pode pesquisar por um que tenha relação com aquilo que ele busca aprender ou desenvolver e, assim, fazer tudo o que desejar: inspecionar, eliminar bugs e brincar com o código, por exemplo.
Ele pode até mesmo contribuir para a melhoria do software, adicionando testes, checando questões técnicas, modernizando, entre outros.
Outra questão muito interessante é que, com o open source, também é possível entender mais sobre como outros profissionais atuam, aprendendo com eles. Lembre-se, porém, de que esse tipo de estudo é mais específico e limitado. Sendo assim, utilize-o para aprender mais, mas não fique preso à ele.
Muitas pessoas acham que o desenvolvimento de software é uma tarefa solitária e destinada para pessoas mais introvertidas. Mas essa é uma ideia ultrapassada e a verdade é que ter uma — ou, por que não, várias — comunidade de apoio faz toda a diferença.
Seja para compartilhar dores e novidades ou simplesmente para treinar em conjunto, ter outros desenvolvedores que entendem o que você está passando em seu dia a dia é muito importante.
Criar uma rede de network, participar de palestras livres e gratuitas, fazer parte de atividades de codificação e outros eventos, por exemplo, é muito importante tanto para o crescimento profissional de soft skills quanto também de hard skills.
É por esse motivo que a Codurance, além de oferecer serviços e treinamentos técnicos de altíssima qualidade, ainda busca criar comunidades de profissionais por meio de encontros, online ou presenciais, e também pela disponibilização de materiais de estudo.
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